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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Castidade...


Bispos canadenses desafiam jovens a viver castidade



Convidam a nadar contra a corrente para seguir Cristo
Os bispos canadenses desafiaram os jovens a viver a sua sexualidade com alegria, na verdade, como Deus quer, através do exercício da castidade.
A Comissão Episcopal para a Doutrina, da Conferência dos Bispos Católicos do Canadá, publicou uma carta pastoral dirigida aos jovens sobre a questão da castidade, na qual os bispos reconhecem que, "com tantas vozes e opiniões sobre o sexo, com freqüência é difícil saber como usar este presente tão belo".
"Desde o início da criação, Deus nos deu uma linguagem para falar. Além do dom da palavra, deu-nos nosso corpo", que "se expressa através de gestos que são, em si, uma linguagem. Da mesma forma que as nossas palavras revelam quem somos, assim também acontece com a nossa linguagem corporal".
"O Senhor quer que falemos esta ‘linguagem sexual\\' na verdade, porque esta é a maneira de viver com alegria a nossa sexualidade", observam os bispos.
"Este viver na verdade a linguagem sexual dos nossos corpos é o que a Igreja chama de ‘castidade\\'", acrescentam.
O verdadeiro amor
"A castidade expressa o respeito pelas pessoas e por sua capacidade de doar-se - diz a carta. Ela nos assegura que somos amados pelo que somos e que estamos amando as pessoas pelo que elas são, e não apenas pelo prazer que podem nos oferecer."
Para os bispos, "os preconceitos atuais com relação à castidade são particularmente preocupantes, pela maneira de ver a sexualidade: o fato de ‘relacionar-se\\' uns com os outros por prazer".
"Esta não é apenas uma ofensa contra a dignidade da pessoa que é usada, mas também leva quem ‘usa\\' a práticas que ocasionam danos físicos, emocionais e psicológicos."
Os bispos canadenses reconhecem que "os esforços por controlar os impulsos sexuais podem ser difíceis, até dolorosos".
"Seu controle, no entanto, leva os homens e mulheres à maturidade sexual e dá paz de espírito - afirmam.
Viver castamente hoje significa nadar contra a corrente! Somos chamados a seguir Jesus, a nadar contra a corrente."
"Se queremos encontrar serenidade e alegria, devemos viver de acordo com a vontade de Deus - destacam os bispos. Ele criou à sua imagem e, se vivermos de acordo com seus mandamentos, seremos felizes."
"A castidade é um desafio, mas não é impossível", declaram.
Verdadeiros amigos
Em sua carta, os bispos explicam que "podemos nos cercar de amigos que queiram viver, também eles, de forma casta: pessoas que nos sustentarão em nosso caminho".
"Podemos escolher sabiamente nossas formas de entretenimento, procurando o que eleva o espírito humano e expressar a beleza, a verdade e a bondade."
"E o mais importante: podemos viver a nossa união com Cristo recebendo os sacramentos regularmente, sobretudo o da Reconciliação."
"A prática da confissão dos pecados de impureza, de falar sobre nossas tentações com um guia espiritual, pode ajudar a purificar a nossa mente e o nosso coração", sublinham os bispos.
"Quanto mais aceitarmos a castidade e fizermos dela nosso estilo de vida, mais as pessoas que nos rodeiam perceberão o Espírito Santo que habita em nós."

Via sacra

Via Sacra  

O que significa?
  A Via Sacra significa o caminho sagrado, isto é, o caminho percorrido por Jesus desde que foi preso, condenado, flagelado, crucificado, morto e até a sua ressurreição.

1ª Estação
Jesus é condenado à morte.

2ª Estação
Jesus com a cruz às costas.

3ª Estação
Jesus cai pela primeira vez.

4ª Estação
Jesus encontra sua aflita Mãe.

5ª Estação
Jesus recebe socorro de Sirineu.

6ª Estação
Verônica enxuga o rosto de Jesus.

7ª Estação
Jesus cai pela segunda vez.

8ª Estação
Jesus fala às mulheres.

9ª Estação
Jesus cai pela terceira vez.

10ª Estação
Jesus é despojado de suas vestes.

11ª Estação
Jesus é pregado na cruz.

12ª Estação
Jesus morre sobre a cruz.

13ª Estação
Jesus é descido da cruz.

14ª Estação
Jesus é sepultado.

15ª Estação
Jesus ressuscitou.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Namoro Casto e Cristão!!

Se existe algo que mexe como coração de um jovem que começa a descobrir a sua afetividade e a sua sexualidade, é o desejo de na¬morar. Cantada em verso e prosa, esta fase da vida faz parte do desenvolvimento humano e do plano de Deus para nos fazer crescer e amadurecer no relacionamento, sendo também um caminho (embora não o único, nem o maior) de exercitar a capacidade de amar.
Entretanto, para um jovem cristão, muitas interrogações se levantam: Por que namorar? Quando namorar? Como ter um namoro cristão?

PORQUE NAMORAR Em primeiro lugar, é importante saber que o desejo de relacionar-se com o sexo oposto é algo natural e implica na forma como Deus nos criou. Deus criou o homem, criou ¬o homem e mulher.
A partir de um certo momento do desenvolvimento humano, sente-se a necessidade e a sadia curiosidade de relacionar-se com o sexo oposto, de descobrir parte da riqueza, da diversidade da obra criativa de Deus, uma outra pessoa que não é igual a mim, mas que em muitos pontos chega a me complementar. Neste ponto, o relacionamento com pessoas do outro sexo é enriquecedor e fonte de formação e edificação do meu crescimento como pessoa.

Entretanto, o que é belo e edificante pode-se transformar em situações que nem sempre nos edificarão ou contribuirão para o nosso crescimento. Devemos levar em conta que estamos vivendo em meio a uma sociedade hedonista, marcada pela sensualidade. A partir dos meios de comunicação, as próprias crianças, adolescentes e jovens vão sendo manipulados nos seus afetos e instintos para que, de maneira precoce e deformada, vejam na pessoa do outro sexo um objeto de prazer genitalista ou um meio de satisfação de suas carências afetivas.

Isto é fruto do pecado que marcou as faculdades do nosso ser e também das feridas de família, onde a fé e o desenvolvimento dos valores cristãos foram abandonados e a unidade e indissolubilidade do matrimônio e da família, na vivência do amor, são negligenciadas ou até atingidas de maneira irremediável, produzindo no meio de nós gerações marcadas pela dor, insegurança, desvios afetivos, psicológicos e sociais.

Por estes e muitos outros fatores, quando o (a) adolescente vai atingindo sua puberdade (e muitas vezes ainda como criança), a sociedade e, em muitos casos, a própria família, começam a exigir que este (a) jovem "arranje" seu namorado (a) para provar sua masculinidade ou feminilidade.

É preciso que entendamos que o processo natural e salutar de conhecimento do sexo oposto como pessoa não implica necessariamente em um relacionamento de namoro, quando, pelo contrário, a amizade é o passo fundamental e sadio onde, pelo diálogo e a convivência, vamos podendo construir mutuamente a nossa personalidade de maneira sadia e equilibrada. Muitos jovens cristãos, como muitos que encontramos, se perguntam: Qual é a hora de iniciarmos o namoro?

Em primeiro lugar, é necessário que alguns tabus possam ser quebrados. Isto não significa que todas as pessoas tenham que namorar. Precisamos nos lembrar neste mo¬mento das Palavras de Jesus que dizem: "Há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem tiver capacidade para compreender que compreenda." (Mt 19,2)

Devemos nos lembrar que há muitos são chamados para a virgindade como uma oblação espiritual e um serviço à Igreja e aos homens, e nisto encontram sua plena realização. Alguns, muito cedo podem descobrir este chamado no seu interior e, apesar de como pessoa experimentarem a complementariedade do sexo oposto na convivência comum e fraterna, não viverão esta complementariedade no plano da afetividade-genitalidade, próprio dos que são chamados ao Sacramento do Matrimônio.

Alguns passam por relacionamentos de namoro antes de descobrir este sublime chamado, outros não precisam passar por esta etapa, pois a vocação já se faz manifesta no seu interior de maneira definida.

Para isso é necessário que o jovem cristão tenha sempre no seu interior este questionamento: - Qual é a vocação que Deus me chama a viver? – e uma reta e séria motivação de respondê-la. Sabemos que isso, para muitos, se constitui em um longo processo, onde graças a Deus vai iluminado, tirando a cegueira e apontando onde encontrar e aderir à sua vontade, pois aí está a felicidade.

Entrando no processo de namoro propriamente dito, falando para os jovens que acompanhamos, procuramos orientá-lo em algumas etapas para este discernimento:

A amizade . A amizade entre sexos opostos é benéfica e edificante. A amizade se constitui em uma identificação que, se baseada em Cristo Jesus e nos valores do Evangelho, caracterizando-se pela doação de si e respeito mútuo, muito contribuirá para o nosso amadurecimento e crescimento. Atenção, nem toda amizade precisa desembocar em um namoro. Pelo contrário, é perigoso confundir as coisas.

As vezes a pessoa atrai fisicamente e afetivamente, mas isto não significa que seja da vontade de Deus e edificante para os dois um relacionamento mais profundo pelo namoro. Podemos acabar uma bela amizade se precipitarmos as coisas. É compreensível também que em um relacionamento entre um rapaz e uma moça que são atraentes, possam aparecer desejos e aspirações mais superficiais que, de uma maneira geral, pode jogar esses jovens em um relacionamento sem maiores bases. Ora, o aparecimento destes sentimentos só atestam a normalidade da afetividade e sexualidade de ambos e não deve ser ele, principalmente nos primeiros momentos, o ponto de discernimento de um compromisso de namoro.

Para evitar namoros precipitados (baseados só na atração física, carências ou sentimentos efêmeros), que fazem alguns mudarem de namoro como se troca de roupa e que, em vez de gerar crescimento, pode gerar tantas feridas, dores e marcas na pessoa e nos futuros relacionamentos, é preciso que se tenhamos um relacionamento de amizade. O momento é de aprofundar o conhecimento do outro e procurar ir à luz da oração e da convivência buscando alguns pontos de discernimentos.

Pontos de discernimento no plano psicológico: Enquadramos aqui alguns pontos na maturidade humana e na identificação dos projetos e planos de vida, inclina¬cães, aspirações, gostos, formação e educação que cada um teve e que não podem ser ignoradas, sob o risco de serem fonte de profundos desgastes e verdadeiros furos que farão naufragar o relacionamento. Não se trata de que o outro seja igual a mim, mas que se nestes pontos podemos nos completar, aceitar e nos construir mutuamente, e se há maturidade em ambos para isto.

Pontos de discernimento no plano espiritual: Se queremos nos relacionar em Deus e com Deus, este plano não pode ser esquecido. É necessário, na convivência, perceber as aspirações espirituais e se o outro está disposto a colocar Deus como o centro de um relacionamento, para que o relaciona¬mento não seja nada de egoísta, para a "minha", ou "nossa" satisfação, mas para que ele, apoiado na Graça de Deus, seja voltado para Jesus, seguindo os Seus ensinamentos de renúncia, pureza e abertura. Conhecer a espiritualidade do outro, suas aspirações de conduta moral e de compromisso com a Igreja é fundamental para evitar conflitos futuros, ou namoros onde Deus e sua Palavra estejam ausentes.

Pontos para discernimento no plano afetivo: A afeição em um relacionamento afetivo é o primeiro passo, mas com certeza não se constitui em sinal de presença real de uma semente de amor. Se o que me faz afeiçoar-me ao outro é só sua aparência física, isto tem sua importância, mas não é tudo.

As aparências passam e o coração, mentalidade e forma de ser permanecem. É preciso descobrir se o senti¬mento que me move tem a maturidade de ENXERGAR e ACEITAR os limites, defeitos e fragilidades do outro. Pondo na balança o que pesa mais, é o que nos une ou o que nos divide? Neste momento, um certo realismo é salutar, para que a paixão não cegue, e evitemos dar um passo que depois vai nos ferir e ferir ao outro.

Também convém ter a sensibilidade para perceber se eu ou o outro esta¬mos buscando um relacionamento para "minha" satisfação, fechado sobre nós mesmos e a nossa "fantasia romântica" ou se o relacionamento, mesmo com o tempero de romance, é voltado para Deus, para o outro e para as outras pessoas, numa perspectiva de abertura.

Permeando todas estas considerações e orientações, devemos encontrar a oração. É através dela, que a graça de Deus vai purificar as nossas motivações, iluminar a nossa cegueira, fazer-nos entender o que só humana¬mente não nos é possível, e perceber os reais sinais do Espírito que nos move ou nos detém para um relacionamento que, se quer ser cristão, deve buscar, em todos os sentidos, a maior glória de Deus.

A ajuda de uma pessoa mais amadurecida e vivida no campo espiritual e humano se constitui em ajuda indispensável para chegarmos a um discernimento claro e uma decisão conjunta e madura em nos comprometer em um relacionamento de namoro.

O Namoro Uma vez sedimentado no nosso interior o processo de discernimento (que exige tempo, pois não se resume a dias ou poucas semanas, mas a alguns meses de convivência e oração) e chegando a um discernimento positivo em relação ao namoro, alguns pontos não podem ser esquecidos:

A amizade O namoro é, antes de tudo, uma amizade que se aprofunda e sedimenta uma caminhada a dois. É essencial que o tempo que os na¬morados passam juntos seja anima¬do pelo diálogo e a abertura do seu ser que se deixa conhecer e revelar. Muitos namorados não sabem conversar e fogem em carícias, desagradáveis a Deus e destruidoras do relacionamento. O esforço do diálogo, conversar assuntos que unem e saber também conversar as divergências; revelar-se para o outro através da arte do diálogo é fonte de relacionamentos saudáveis e maduros.

A oração A presença de Jesus dentro de um namoro cristão não pode ser decorativa ou em plano inferior. Ele tem que ser o primeiro para dar fertilidade ao relacionamento. Por isto, é necessário dar tempo e espaço para a oração, partilhar de experiências da vida espiritual, de leitura espiritual. É importante que se saiba que se tem a responsabilidade de levar o outro para Deus e para a Igreja, e não ser um obstáculo para a comunhão com Deus e o serviço na Igreja. A oração e os sacramentos serão também a fonte da graça para permanecer sob as orientações da Palavra e da Igreja, e nos capacitará a crescer na escola do verdadeiro amor, que é aquele que ama apesar dos defeitos e limites do outro.

A abertura Os namorados cristãos não podem estar somente voltados para si mesmos, como se só o outro existisse, ou que este relacionamento, se não for o único, torne os outros opacos e insignificantes.

Os namorados cristãos sabem fugir do risco da dependência, que sempre é sinal de carência e não de verdadeiro amor, e se aplicam na abertura, amizade e dedicação aos outros (amigos, família), que também são fontes de complemento para a nossa vida, e esta abertura toma-se fonte de enriqueci¬mento do próprio namoro.

Os carinhos Especial cuidado devemos ter neste campo, pois, muitas vezes, mesmo em namoros cristãos, constatamos cenas de carícias que levam a estados de profunda excitação emocional e orgânica que, seguindo o modelo do mundo considera-se normal, quando na verdade estes atos são apropriados para a preparação do ato conjugal dentro do matrimônio.

O não se deter no físico, e o traçar limites bem definidos e claros para os dois, buscando a pureza e evitando o puritanismo, é ponto básico e que muito necessita da graça para não se deixar levar pelas "facilidades" mútuas, que o sensualismo deste mundo e a concupiscência da carne plantaram em nós.

Nós precisamos construir um Mundo Novo, baseado na Boa Nova de Jesus e da Sua Igreja. Entretanto, não haverá Mundo Novo se não houver Famílias Novas. Não haverá Famílias Novas se não houver Namoros Novos, baseados na graça e no poder do Espírito.

Se meditarmos nestas orientações, sentiremos que são superiores à nossa capacidade. Lembre-se de que “o Verbo se fez carne”, por isto a graça penetrou em todas as realidades da vida humana, e Pentecostes é a certeza de que o Espírito nos capacita a dar nosso sim integral a Deus.
                                                                                           Escola de Formação Shalom

Carta aos Namorados

- Na minha vida de padre, já passaram muitos casais de namorados... De muitos celebrei o casamento, o batizado dos filhos que vieram; de muitos, também, enxuguei as lágrimas vindas da ruptura, da traição, do ciúme, da dúvida. De alguns(mas) jovens conheci vários(as) namorados(as), de outros(as), o único amor da vida; de alguns casais vi a festa de cinqüenta anos de união, cheia de netos e bisnetos, e o mesmo olhar apaixonado e carinhoso dos passados dias da primavera.

É bonito ver a história de amor das pessoas, sua busca por alguém que as complete, que partilhe os mesmos ideais, que tenha um coração disposto a bater mesmo compasso.

E foi observando as histórias dos namorados que cheguei a algumas conclusões (será que isso é mesmo possível, quando se trata do especialíssimo campo da efetividade?) a respeito do namoro.

Percebi que os adolescentes, os jovens e os adultos gostam de namorar, mesmo que a palavra “ficar” tenha roubado tanto espaço no vocabulário atual. Não se pode ficar com uma pessoa com se fica com um casaco, com um fim, sem nenhum compromisso. E meus amigos falaram que, depois de ficar, só sobra um gosto sem graça de copo descartável, de dia perdido, de riso murcho.

Meus amigos querem um(a) namorado(a) de verdade!

As moças gostariam que os namorados fossem mais atentos e atenciosos, que reparassem que elas cortaram o cabelo ou que estão tristes; que soubessem compartilhar os bons e maus momentos, que fossem pontuais e (acreditem!) um pouco mais românticos (o que não quer dizer meloso ou bobo). Mas querem ser respeitadas, sim, e amadas. E gostariam de pensar no futuro, porque o amor projeta sempre para frente e – acrescento com segurança – para a eternidade. As moças, as mulheres entendem bastante de amor porque entre Deus e as mulheres há uma grande cumplicidade criadora, geradora de vida.

Os rapazes gostariam que as namoradas fossem mais compreensivas, que não odiassem futebol e filmes de ação, que reparassem mais neles; que soubessem partilhar os bons e maus momentos; que fossem pontuais (porque não precisa se arrumar tanto assim, já que são lindas para eles) e mais românticas (eles gostariam de oferer flores, mas ficam sem graça e com receio). E gostariam de pensar no futuro, mas precisam de um empurrão e de uma ajuda e de uma companhia. E também querem ser respeitados e não encaixados nos modelos que se impõem por aí. “Deus criou o homem (e a mulher) à sua imagem e semelhança”: esse é o melhor modelo, aquele que realmente nos dignifica e revela quem somos.

O namoro exige cuidados e atenções especiais, um tempo para a saudade e para a escuta do próprio coração; requer ver o outro olho no olho, mas como já disseram, “amar não é apenas olhar para um para os outros, mas ambos para a mesma direção”. E a direção do amor deve ser a alegria, a partilha, o carinho, o respeito, a ternura, a paciência.

Namoro é tempo de sonhar os grandes sonhos, de reconhecer e de aprender o que é amor e de se preparar para amar toda a vida.

São Paulo dizia sabiamente: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos homens, se não tiver o amor, nada sou” (1 Cor 13). Jesus, o que é o maior apaixonado por toda a humanidade, “tendo amado os seus, amou-os até o fim” (Jô 13,1).

Então, neste dia dos namorados, que Deus os abençoe e ensine a amar como só Ele sabe.
Frei Yves Terral

Namoro.

- Atualmente tem sido muito comum encontrar jovens feridos, insatisfeitos e até decepcionados com o namoro. Que razão pode haver para tanto descontentamento? Será que o amor verdadeiro é uma ilusão?

Na verdade, de uma forma sorrateira, a mentalidade hedonista – da busca do prazer pelo simples prazer – do mundo de hoje tem privado a muitos de conhecer e experimentar a beleza do autêntico amor humano, dom de Deus. Tem feito especialmente nossos jovens chamarem de amor o que não passa de uma frágil atração física. Tem nos ensinado que homem e mulher precisam constantemente medir forças, que temos de tirar algum proveito do outro e mais algumas aberrações... O grande problema é que esse tipo de relacionamento está muito longe do que Deus pensa sobre o namoro e é definitivamente incapaz de satisfazer a alma humana.

Diante disso, gostaria de lançar sobre esses jovens um olhar de esperança e dizer: é possível hoje viver um verdadeiro amor! Para isso, olhemos, a partir de agora, o namoro com os olhos do Espírito Santo e peçamos a Ele que arranque qualquer vestígio da mentalidade do mundo que ainda possa haver em nós.

Para começar, tenhamos em mente que, se quisermos usufruir as bênçãos e colher bons frutos de um relacionamento, não podemos queimar etapas. A amizade é necessariamente o primeiro passo. Estreitar os laços, conhecer os pensamentos, os valores, as virtudes e também as fraquezas um do outro. Nunca se contentar com as aparências, mas mergulhar na simples verdade do outro. Essa é uma fase muito gratificante, porque temos a oportunidade de descobrir as grandes riquezas do outro e de lhe revelar as nossas. Vale lembrar que é também um tempo propício ao autoconhecimento, imprescindível a qualquer tipo de relacionamento. É a partir daí que o sentimento começa a tomar forma, a amadurecer. Só então a nossa razão, agora livre de paixões enganadoras, poderá ser capaz de enxergar o que realmente sentimos um pelo outro e de fazer uma opção sensata.

E aí? Estamos prontos para namorar? Calma, ainda falta algo indispensável: conhecer a vontade de Deus. É preciso que os dois estejam atentos à sua Santa Vontade e que haja sempre uma partilha sincera de suas orações. O namoro deve estar sempre embasado no Senhor, caso contrário, será algo desordenado, uma busca de ambas as partes de se satisfazerem da maneira mais egoísta: de serem amados e não de amarem (a ordem dos fatores, neste caso, altera o produto); não existirá lugar para a gratuidade, para as delicadezas e para a feliz renúncia em favor do outro. Sendo assim, podemos concluir sem medo: todo namoro deve ser um relacionamento a três. De um lado, o rapaz, com seu jeito próprio de ser se derrama em amor para com a moça. Por sua vez, a moça, com a delicadeza que lhe é peculiar, busca amar o rapaz como ele é. No centro, Aquele que é a fonte de todo amor: Deus!!!

Agora que estamos aptos para um novo tipo de relacionamento, que tal consagrá-lo a Nossa Senhora? Ela será uma ajuda necessária nos desafios do dia-a-dia. Ninguém melhor que a Mãe de Jesus para nos ensinar a viver a castidade, a dar sem esperar recompensa e a perder para que o outro ganhe. Que mulher admirável recebemos como mãe e que cuidado ela tem pelos que se lhe confiam!

Por fim, recordemos sempre que não há maior amor do que dar a vida por quem se ama. Não é isso que Jesus nos ensina?!


                                                                                            Por Dimas Pires

Diácono Adriano Zandoná nos fala sobre.As Pessoas erram por que querem?



Quanto mais faço a experiência de conhecer as pessoas, tanto mais acredito no ser humano. À medida que vou me descobrindo e descobrindo os outros, mais se torna forte em mim a certeza de que as pessoas – essencialmente – são boas.


Todos nós recebemos de Deus muitas capacidades e podemos fazer coisas boas, todos somos capazes de acertar. O homem é uma criatura fantástica, dotada de inteligência, bondade, sensibilidade, entre outras virtudes que, se estimuladas de maneira correta, assumem uma fecundidade surpreendente.


Acredito que ninguém erra porque quer e ninguém é infeliz querendo sê-lo, com consciência disso. Todos querem ser felizes, e é impossível que alguém goste de ser frustrado, entretanto, nem todos sabem realmente qual caminho trilhar para alcançar a felicidade.


A mentalidade vigente (paganizada e hedonista) ilude por demais as pessoas: há pessoas vivendo o adultério, perversões sexuais, vícios, etc., acreditando cegamente que estão certas e que esse é o caminho para a felicidade. Isso porque aprenderam a vida toda que o que importa é somente o prazer "a todo custo" e que é somente este que vai lhes trazer a verdadeira alegria.


Em tal busca, muitos acabaram errando e encontrando a infelicidade como recompensa, contudo, no fundo de seus corações sempre existiu um autêntico desejo de felicidade.


Neste anseio de compreender os erros e contradições do ser humano, também é necessário avaliar a formação familiar de cada indivíduo. É difícil para um pai, educado à base de pancadas, entender que é, com amor, que se educa um filho; e mesmo quando entende, é necessário um esforço enorme para que consiga expressar esse amor. Para quem nunca recebeu amor, amar e deixar-se amar acaba tornando-se uma "violência", ainda mais se essa pessoa não tem uma concreta experiência do amor de Deus.


Pessoas que tiveram histórias duras e de desamor, muitas vezes, até tentam amar, mas não o conseguem. Tentam externar o amor, mas acabam por encontrar-se encarceradas no território da própria limitação.


Pessoas assim amam como sabem, como hoje são capazes. Mas amam.


Muitos dos que hoje são considerados maus acabaram ficando assim em virtude das influências que sofreram. Outros também, se sentiram como que "obrigados" a ser maus, por medo (sentimento de inferioridade) de ser massacrados pela vida e pela sociedade.


Há quem acorde de madrugada, trabalhe o dia inteiro, depois enfrente o trânsito estressante de uma grande cidade e quando chega em casa, à noite, não consegue ser gentil com os seus, como, muitas vezes, gostaria de ser. Entenda-se bem: nossos problemas não podem se tornar justificativas para nossos erros, mas não se pode negar que estes são uma realidade que influencia nosso comportamento.


Isso nos leva a uma compressão do ser humano mais encarnada e misericordiosa, levando-nos a entender o coração antes de condenar a atitude.


Viver bem o Cristianismo é lutar cotidianamente para entender as pessoas sem se fixar na superfície, na aparência, procurando compreender o porquê de cada atitude e reação.


Mais uma vez ouso dizer: Muitos não são ruins porque querem. Inúmeras vezes existem fatores condicionantes que levam as pessoas a agir como agem, fatores estes que podem ser desmistificados e até mesmo extirpados com um pouco de paciência e compreensão.


Todos são – em sua essência – bons, mas nem todos sabem disso…


Eis aí uma bela forma de ser cristão: levar às pessoas a consciência do valor que possuem, fazendo-as acreditar na vida e nas próprias potencialidades (à luz da Graça).


Assim daremos à esperança o direito de se estabelecer vitoriosa, dando à vida a oportunidade de ser mais compreendida e amada no seu real

                                                                          Diácono Adriano Zandoná