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terça-feira, 24 de maio de 2011

A Tentação de Voltar à Vida Velha


 

Logo depois que Jesus ressuscitou, Ele apareceu aos Seus discípulos. No capítulo 20, do Evangelho de São João, a Palavra de Deus mostra-nos que em uma de Suas aparições Jesus dá aos apóstolos a autoridade de perdoar pecado. Apesar dessa investidura de autoridade espiritual os apóstolos não saíram imediatamente confessando o povo e manifestando a presença de Cristo ressuscitado, pois isso só aconteceu após o Pentecostes, quando o Espírito Santo ensinou e recordou aos discípulos a sua missão de levar a Boa Nova, de proclamar Jesus vivo.
No capítulo 21 do Evangelho de São João, Pedro comunica aos seus companheiros, apóstolos que como ele mesmo foram testemunhas oculares da ressurreição de Jesus Cristo: “Vou pescar” (vers.3). Neste momento colocamo-nos a indagar: será que Pedro se esqueceu de que já havia trocado de profissão e que não mais era pescador de peixes, mas de gente? Estaria ele voltando à vida velha? Teria esfriado na fé?










Todas as vezes em que esfriamos no nosso primeiro amor com Jesus e deixamos as primeiras obras de conversão, caímos na tentação de voltar à vida velha.

A tentação de voltar à vida velha sempre se apresentará diante do cristão, outrossim sabemos que podemos recorrer a Jesus, como Pedro o fez, e dizer com ele: "Tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo!"

Precisamos nos questionar: "Esfriei na fé? Possuo o mesmo amor do primeiro encontro com Jesus? Estou jejuando como nos primeiros dias quando descobri Deus ou será que arrefeci do meu primeiro amor?"

O amor de Cristo Ressuscitado convida Pedro a voltar. É justamente o amor a forma que Deus usa para nos trazer de novo quando caímos na tentação de esfriar na fé e voltar à vida velha. Jesus, por três vezes, pergunta ao apóstolo:"Tu me amas". Somente após a terceira pergunta é que Pedro cai em si e se entristece. Pedro, então, responde ao Mestre: "Tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo" (vers.17b). Pedro sabe que Jesus tudo conhece. O Senhor conhece-nos por dentro, sabe que somos fracos. Não precisamos fingir o que não somos, não precisamos dissimular e disfarçar o que trazemos dentro de nós para o Senhor, pois Ele sabe o que há no interior do homem. Cristo dá uma ordem muito séria ao príncipe dos apóstolos: "Apascenta as minhas ovelhas". Essa ordem é também para nós. As ovelhas pertencem ao Senhor e não a nós e Ele quer que cuidemos do rebanho com zelo, com fervor e alegria.

Ao saltarem na praia o Senhor os espera com brasas preparadas, em cima delas um peixe e pão. Quando saímos para a vida velha, assim nos espera de volta o Senhor: com a brasa do Seu amor a arder por nós, brasas prontas para reaquecer nosso coração que esfriou na fé. Os fracassos e os sofrimentos que o mundo nos impingem esfriam nossa fé e só nos reaquecemos perto de Jesus. Ele nos oferece o Pão da Vida para recobrarmos a fé e nos reanimarmos para a missão.

Já de manhã, exaustos, os apóstolos vão retornando à praia e, de súbito, deparam com Jesus, porém, não O reconhecem. O Messias manda-os lançar as redes novamente. Eles obedecem e aí, e só então, a pescaria é bem-sucedida. Por esse motivo reconhecem a presença de Jesus, presença responsável pela boa pesca. Enquanto estavam presos a si mesmos, dependendo só de seus esforços e contando apenas com seus conhecimentos, não reconhecem a Jesus Ressuscitado. Nesse momento Pedro descobre que está nu. É a mesma nudez de Adão, após ter pecado no paraíso. É nudez que o afastamento de Deus ocasiona, nudez de dons. Nossa autossuficiência nos despe da ajuda que Deus quer nos dar. O apóstolo cinge-se, lança-se nas águas e vai em direção ao Mestre, enquanto seus amigos retiram os centos e cinquenta e três grandes peixes.

Pedro e os discípulos saíram a pescar, mas embora pescassem à noite inteira, não pegaram peixe algum. Assim também acontece conosco. Quando já pertencemos ao Senhor e queremos fazer algum trabalho sem consultá-Lo, não somos bem sucedidos. Não tem como, uma vez que somos ministros de Jesus, sairmos bem em nosso trabalho na música sem primeiro procurar qual é a vontade do Senhor.

Camisinha: uma "roleta russa" no combate à Aids



O uso da camisinha não é absolutamente seguro


A verdade cientificamente verificada é que o uso da "camisinha" não é absolutamente seguro. Inúmeras pesquisas têm sido feitas a esse respeito nos meios científicos, como estudos de microscopia eletrônica e testes de passagem de micropartículas. 

Pesquisa realizada com Richard Smith, um especialista norte-americano sobre a transmissão da Aids, apresenta seis grandes falhas do preservativo, dentre as mencionadas por ele, por exemplo, há a deterioração do látex, ocasionada pelas condições de transporte e armazenagem. 
Tomadas, porém, todas as precauções e conseguindo-se que os preservativos cheguem em perfeitas condições aos usuários, seriam ainda seguros para prevenir a Aids, pergunta-se o autor? Sua resposta é esta: "Absolutamente não. O tamanho do vírus HIV é 450 vezes menor que o espermatozoide. Esses pequenos vírus podem passar entre os poros do látex tão facilmente em um bom preservativo como em um defeituoso".

Levando-se em conta o resultado dessas investigações, poderíamos dizer que, servir-se de um preservativo para proteger-se contra o vírus HIV, significa, tanto como, apostar nos resultados de uma "roleta russa". Com mais de uma bala no tambor, no caso em que a prática sexual se torna mais frequente e promíscua ao sentirem-se os usuários, persuadidos pela propaganda, com absoluta segurança no uso da "camisinha". Deste modo, tanto mais aumentará a probabilidade de um contágio quanto mais aumentarem a promiscuidade e o falso convencimento de proteção oferecida pelo método. 

Por essa razão, o risco de infecção, ainda que reduza a percentagem de perigo a uns 10% - em realidade pode ser maior – e, evidentemente excessivo. 

Que educador, pai, amigo consentiria que um filho ou uma pessoa amada embarcasse num avião que tem 10% de probabilidade de espatifar-se no chão?
A propaganda para difundir o uso do preservativo é, por isso mesmo, totalmente inadequada porque, por um lado, favorece a proliferação da promiscuidade e, por outro, não evita devidamente a contaminação. Dessa forma, em vez de se tornar um método inibidor da doença, torna-se, de fato, um método propagador dela. 

Pedagogicamente, corre-se o risco de que a campanha venha a ser entendida assim: "Tenha relações sexuais, basta tomar as devidas precauções". Não seria essa uma forma de incentivar a prática do sexo prematuro?

Se as adolescentes e os adolescentes viessem a ser induzidos a pensar que é normal a prática do sexo precoce, prestar-se-ia um péssimo serviço a uma educação sadia e enriquecedora. 

Não se pode mudar a ordem natural em função de uma solução imediatista e inadequada que, além de não solucionar o problema da proliferação da Aids, propicia e incentiva a prática desregrada do sexo. 


Trecho do livro Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam de padre Mário Marcelo Coelho*




*Padre Mário Coelho, sacerdote do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), mestre em Teologia, autor e assessor

na área de Bioética e Teologia Moral. Professor da Faculdade Dehoniana.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aliança - sinal de união



A aliança simboliza a perfeita unidade entre o casal, que não tem começo nem fim.


Os historiadores dizem que os Faraós do Egito foram os primeiros a usarem esse símbolo que, na época, significava eternidade. Era como uma promessa pública de honrar um compromisso que o casal fez perante a sociedade.


Somente em 1549 é que ficou decidido em qual mão deveria se utilizar a aliança de casamento. E, então, passou-se a usá-la na mão esquerda.


Diz-se também que os romanos a usavam na mão esquerda pois nela passa uma veia diretamente ligada ao coração.


Até o século XIII, apenas os casados tinham o hábito de usar aliança, mas, em 1477, o Papa Inocente III determinou que se observasse um período entre o pedido de casamento e a realização da cerimônia e daí surgiram as alianças de noivado e compromisso.


A aliança é um símbolo da união do casal que se une verdadeiramente se tornando " uma só carne". Logo onde um estiver o outro também estará.

Os Dez Mandamentos do Namoro

 
Namoro é uma fase muito bonita. É definida como o ato de galantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão, tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afetiva preliminar que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo. O contrário disso, longe dos princípios de Deus, pode resultar em uma experiência nociva e traumática.
Observe alguns princípios que ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.
1. Não namore por lazer: namoro não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.
2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado.
3. Imponha limites no relacionamento: o namoro moderno, segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo mandamento.
4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.
5. Promova o diálogo e a comunicação: conversar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar sobre qualquer assunto.
6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.
7. Mantenha a dignidade e o respeito: o namoro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso e duradouro. Desrespeito é falta de amor.
8. Pratique a fidelidade: infidelidade no namoro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que abomina a leviandade.
9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve lutar contra seus sentimentos ou escondê-los.
10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.
Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.

10 Razões para viver a castidade no namoro

 
Favorece o crescimento amistoso entre o casal...

1. A pureza ajuda a ter uma boa comunicação com seu (sua) namorado (a).
Quando um casal de namorados vive a abstinência sexual, sua comunicação é boa porque não se concentram somente no prazer, mas na alegria de compartilhar pontos de vista e experiências; além disso, suas conversas são mais profundas. Por outro lado, a intimidade física é uma forma fácil de se relacionar, mas ofusca outras formas de comunicação. É um modo de evitar o trabalho que supõe a verdadeira intimidade emocional, como falar de temas pessoais e profundos, além de conhecer as diferenças básicas que existem entre ambos.

2. Cresce o lado amistoso do relacionamento.
A proximidade física pode fazer com que os jovens pensem estar emocionalmente próximos, quando, na verdade, não o estão. Um relacionamento romântico consiste essencialmente em cultivar uma amizade e não há amizade sem diálogo e sem compartilhar interesses. A conversa cria laços de amizade e ajuda um a descobrir o outro, a conhecer seus defeitos e qualidades. Alguns jovens se deixam levar por paixões e, depois, quando se conhecem em profundidade, se desencantam. Muitas vezes, nem sequer chegam a se conhecer porque não foram amigos, somente namorados com direitos.

3. Existe um melhor relacionamento com os pais de ambas as famílias.
Quando o homem e a mulher se respeitam mutuamente, amadurece o carinho e melhora a amizade com os pais de ambos. Geralmente, os pais de família preferem que seus filhos solteiros vivam a continência sexual e se sentem mal quando sabem que eles estão sexualmente ativos, sem estar casados. Quando um casal sabe que deve esconder suas relações sexuais, cresce a culpa e o estresse. Os jovens que vivem a pureza se relacionam mais cordialmente com os próprios pais e com os pais do (a) namorado (a).

4. As relações sexuais têm o poder de unir duas pessoas com força e podem prolongar uma relação pouco sã, baseada na atração física ou na necessidade de segurança.
Uma pessoa pode se sentir “presa” a um relacionamento do qual gostaria de sair porque – no fundo – não o deseja, mas não sabe como fazer. Uma pessoa casta pode romper com maior facilidade o vínculo afetivo que o ata ao outro, pois não houve uma intimidade tão poderosa no aspecto físico.

5. Estimula a generosidade contra o egoísmo.
As relações sexuais durante o namoro convidam ao egoísmo e à própria satisfação, inclinam o casal a sentir-se em concorrência com outras pessoas que podem chamar a atenção do (a) namorado (a). Estimulam a insegurança e o egoísmo porque o fato de começar a entrar em intimidade convida a pedir mais e mais.

6. Há menos risco de abuso físico ou verbal.
O sexo, fora do casamento, pode se associar à violência e a outras formas de abuso. Por exemplo, há duas vezes mais ocorrência de agressão física entre casais que convivem sem compromisso do que entre pessoas casadas. Há menos ciúme e menos egoísmo nos casais de namorados que vivem a pureza do que naqueles que se deixam levar pelas paixões.

7. Aumenta o repertório de modos de demonstrar afeto.
Os namorados que vivem a abstinência encontram detalhes “novos” para demonstrar afeto e contam com iniciativas e ideias para passar bem e demonstrar mutuamente seu carinho. O namoro se fortalece e eles têm mais oportunidades de se conhecer no que diz respeito à personalidade, aos costumes e à maneira de manter um relacionamento.

8. Existem mais possibilidades de triunfar no casamento.
As pesquisas têm demonstrado que os casais que já viveram juntos têm mais possibilidades de se divorciar do que os que não fizeram essa experiência.

9. Se você decidir terminar o namoro, doerá menos.
Os laços criados pela atividade sexual, por natureza, vinculam fortemente o casal. Então, se houver uma ruptura, será mais intensa a dor produzida pela separação, devido aos vínculos estabelecidos. Quando não tiverem relações íntimas e decidirem se separar, o processo será menos doloroso.

10. Você se sentirá melhor como pessoa.
Os adolescentes sexualmente ativos frequentemente perdem a autoestima e admitem viver com culpas. Quando decidem deixar de lado a intimidade física e viver castamente, sentem-se como novos e crescem como pessoas. Além disso, melhoram seu potencial intelectual, artístico e social. Com o sexo não se deve jogar. Quando alguém o pressionar dizendo: “Só te peço sexo uma vez e não insistirei mais”, uma boa resposta seria: “Isso é justamente o que me preocupa... Prefiro me conservar para alguém que vai me querer toda a minha vida”.

POR QUE REZAR?

Muitos podem se perguntar por que devem rezar. Eu sempre digo: a oração não muda nada em Deus. Ele é Imenso, Todo-Poderoso, Todo-Misericordioso, continua sempre o mesmo. Mas nós, à medida que rezamos, sentimos tudo se transformar em nossa vida. Desde o mais íntimo do coração, a mudança se faz. Uma pessoa que ora, transforma a si, aos outros e o ambiente onde está cumprindo sua missão. Mas a vida de oração não é nada fácil. Estão aí os grandes mestres de todos os tempos em nossa Igreja para nos ajudar.

Muitas vezes, as “noites escuras” de São João da Cruz se fazem presentes. Quem é que nunca passou por um deserto espiritual? Quem é que nunca se sentiu árido na vida de oração? Tudo isso faz parte da caminhada. O importante é perseverar e saber esperar. Santo Ignácio de Loyola fala de tempos de desolação. Mas temos também os tempos de consolação, afirma o mesmo santo [Ignácio]. Estes nos servem como reservatórios de céu... São aqueles momentos marcantes, nos quais a presença de Deus foi "sensível", foi irrefutável... Esses momentos ficam na memória do coração e nos reabastece por uma vida! Com Deus, devemos conversar como com um amigo! Aliás, para mantermos uma amizade, o diálogo contínuo se faz necessário.

Quando deixamos de falar com alguém, deixamos o espaço de tempo sem encontro ser muito grande, perdemos a intimidade, perdemos o brilho da amizade. Da mesma forma, com o Senhor, temos que renovar nossa amizade e o carinho por Ele e pelos que são d'Ele todos os dias. O encontro diário deve ser agradável. Devemos "marcar encontros" efetivos e afetivos com Nosso Senhor e Amigo. Efetivos no sentido de cumprirmos verdadeiramente o horário e o lugar e, de preferência, sempre os mesmos.

Crie o seu tempo e espaço de oração. E afetivos, porque devem ser marcados pelo amor, acima de tudo, encontros de louvor e ação de graças. Essa experiência nos faz experimentar o céu, e mesmo quando as nuvens parecerem encobrir o brilho do Sol, no coração uma certeza permanecerá: o Sol sempre estará lá, com seu intenso brilho! A vida de oração nos faz perceber que onde parece não haver caminho para nós, Deus faz um. Quantos são os testemunhos neste sentido? "Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo" (1Ts 5,17-18).

Que Maria, Mulher do silêncio e Mestra de nossa vida espiritual, seja nossa companheira e guia
!

SABER ESPERAR, UMA GRANDE VIRTUDE

Constatamos claramente que existe na sociedade de hoje uma suposta "cultura do imediatismo", e se analisarmos cuidadosamente nosso proceder encontraremos nele marcas desse imediatismo vigente.

Queremos tudo pronto, do jeito que idealizamos e na hora em que pensamos. Por isso, o homem contemporâneo se perde cada vez mais em uma profunda superficialidade, pois não consegue experimentar o crescimento e a maturidade que o ato de esperar traz a cada pessoa. Como diz o ditado: "O apressado come cru". É verdade. Basta olhar para os fatos.

Quantas são as pessoas que se encontram infelizes ou se separaram, partiram, enfim, porque se casaram precipitadamente… Quantos jovens se encontravam ansiosos para casar e, até contrariando a muitos, se casaram antes da hora, e depois como fruto de sua impaciência vivem um verdadeiro inferno conjugal. E o que é pior: chegando até a culpar a Deus pelo seu infortúnio.

Na hora de fazer algo não se pensa em Deus nem se pergunta para Ele, depois cruelmente Ele se torna o vilão da história… É como o aborto. "Na hora de fazer ninguém pensa", depois que acontece a gravidez surgem as justificativas: "Não tenho condições de criar essa criança". Ou "Não tenho uma boa situação financeira, por isso não poderei dar uma boa educação [para a criança]". Por que não se pensa nisso na hora de concretizar o ato? Por onde andava a "responsabilidade" nesse momento?

Agir precipitadamente em busca de um prazer imediato muitos querem, mas assumir as consequências de suas ações poucos ou quase ninguém quer… É nossa a responsabilidade pelos nossos atos, ou pelo menos deveria ser.

Saber esperar o tempo certo é sinal de maturidade. Quem é maduro espera, quem não o é inventa motivos ilusórios para fazer sua vontade antes do tempo.

"A paciência tudo alcança", a espera nos faz crescer. Deus lhe dará o que você pede (se for conforme a vontade d'Ele), mas, antes, Ele o prepara para receber. E saiba que é sempre mais do que foi pedido. Basta apenas confiar e esperar n'Ele.

Precisamos aprender a não desistir; a não desistir dos outros e, principalmente, de nós mesmos. Tudo tem seu tempo, é necessário dar tempo ao tempo, cada pessoa tem seu tempo de amadurecer e crescer, não temos o direito de desistir das pessoas impulsionados pelo nosso imediatismo.

Quem é maduro sabe esperar o tempo de cada pessoa, o tempo do amigo, da esposa, do companheiro de trabalho, entre outros. Temos que acreditar nas pessoas, enxergando além de suas fraquezas do hoje, pois o mundo está carente de pessoas que vejam nas outras a virtude que está por vir, o positivo que está escondido por detrás da imperfeição… Já existe muita gente que condena e aponta o erro, precisamos de gente que aja de forma diferente.

Você também não tem o direito de desistir de você, nem de ninguém. Calma. Aos poucos tudo se encaixa. Tenha paciência consigo, pois, “a conversão é um processo e não uma mágica…”

Tenho medo de pessoas que se acreditam práticas e resolvidas demais, pessoas que são rápidas e boas em tudo, pois estas, por inúmeras vezes, matam a muitos que precisam ter a oportunidade de ser gente; "gente que não nasce sabendo e que aprende aos poucos".

Do que vale uma perfeição que sufoca o outro? Jesus nunca nos pediu isso. Ao contrário, Ele nos pede a misericórdia.

"Paciência não se ganha, se conquista, mas, com paciência…". Se você não entendeu alguma coisa, não se preocupe, calma. Aos poucos você vai compreender… Aliás, quem foi que disse que você tem de entender tudo? Quem!?

Assumir a dor do outro é ir até o fim!

Sem o esforço... Não se constrói a fraternidade

Muito se fala sobre o amor. O amor vem de Deus, mas podemos experimentá-lo no relacionamento com os outros.  Muitos o buscam mais que tudo, outros já não acreditam nele. Relações estáveis e verdadeiras de amor e amizade são o grande desejo de muitas pessoas, mas também, estranhamente, são causa de temor para outras tantas.
O que é o amor fraterno? 
Para Madre Teresa de Calcutá é “doar-se até doer”.
E, o que o amor realiza entre nós?
A uma profunda comunhão de amor e amizade à semelhança da Santíssima Trindade.
E de nossa parte, o que precisamos fazer?...
 “Sem o esforço para fazer o bem, não se constrói a fraternidade”.
  A palavra esforço parece não soar bem... Normalmente não gostamos de saber que alguém se esforça para conviver conosco. Gostaríamos que fosse tudo bem harmonioso e perfeito; que a afeição pudesse fluir sem que se fizesse força alguma. Gostaríamos de viver cercados de simpatias e cortesias, de ver no rosto do outro apenas o sorriso e a acolhida. Grande é o anseio de nos sentirmos maduros, sabendo dar muito mais do que receber, sendo santos e fiéis à nossa vocação ao amor. Gostaríamos, na verdade, de não sermos chatos, não sermos difíceis e mal humorados, perfeccionistas, inclinados ao julgamento e de não sermos uma série de outras coisas que parecem atrapalhar nossa convivência. Mas não é assim que acontece... O fato é que somos pecadores e isso nos fere muito. 
Os outros também são assim, chatos e difíceis como nós, cheios de pecados.
O esforço existe porque o pecado existe. Se pessoalmente fomos desfigurados, nossa fraternidade não ficaria ilesa. Também ela sofreu e se desfigurou. Nosso esforço presta-se a colaborar com a graça da Salvação de Jesus que nos devolve a imagem da Trindade e, além de tudo, o caminho do esforço é o caminho do amor de Cristo. Se alguém nos ama com esforço, estejamos certos de que está nos amando como Jesus. Foi Ele quem fez o verdadeiro sacrifício, suportou a dor, agüentou firme, calou-se. No Calvário não existiam simpatias, afeições, afetos calorosos... Havia amor fraterno: Jesus, nosso irmão, dando sua vida por uma decisão de amar. Não podemos dizer que não foi difícil para Jesus. Foi muito difícil! E ele foi à frente para nos ensinar o caminho de purificação e ascese que modela a convivência fraterna, tornando-a mais verdadeira, real.
Se hoje, aquela fraternidade ideal não existe, temos tudo para fazer acontecer, na dureza do nosso real, a beleza do amor que brota entre as pedras, regado de sangue e suor.  A profecia de nossa vida está justamente aqui: enquanto o mundo proclama um individualismo frio e estático em uma tentativa ilusória de proteger-se e salvar-se, Deus com seu jeito amoroso e exigente de nos desafiar, nos chama a trilhar o caminho inverso: desproteger-se, desarmar-se, perder-se no outro e pelo outro.
Não esqueçamos nossa meta: sermos irmãos à semelhança da Trindade! Não esqueçamos os meios para alcançá-la: o esforço para amar como Jesus!

“Meu Senhor e meu Deus!”

 

Nosso Deus é vida e vida em plenitude. Páscoa é tempo de mergulharmos sem reservas na vida nova que Cristo nos dá. Creia! É Cristo Jesus quem nos concede uma nova vida a cada Páscoa celebrada.

Você deseja uma vida nova? O que precisa ser novo em sua história?

A vida dos discípulos nunca mais foi a mesma, após encontrarem com Jesus ressuscitado. A exclamação de Tomé ressoa por sua vida inteira: “Meu Senhor e meu Deus!” A cada desafio, dor ou conquista, esta exclamação acompanha aqueles que crêem na Ressurreição. A vida de Jesus norteia a vida daqueles que Nele crêem. Tudo tem seu início e fim em Jesus. Tudo tem sentido Nele, por Ele e com Ele.
Cabe a cada um de nós, que celebramos com fé a Páscoa do Senhor, colaborar com a graça derramada abundantemente sobre nós. Crucifiquemos nossa vida velha com Cristo e corajosamente assumamos novas posturas na companhia do Senhor Ressuscitado. É assim que nos exorta São Paulo em sua carta aos Romanos: “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira que não mais sirvamos ao pecado.”
Se não mais servimos ao pecado, servimos agora e definitivamente ao Amor. O amor é um caminho seguro para nossa nova vida. Que ele seja nosso valor maior, nossa medida, nossa balança, nossa meta, nossa vida. 
Amemos sem distinção de pessoas, amemos quando nos parece ser impossível, amemos sem desanimar!
São Paulo, em sua carta aos Colossenses, nos ensina: “Buscai as coisas do alto, onde está Cristo... Aspirai às coisas celestes e não as terrestres.”
Precisamos aderir a um novo jeito de ser. Precisamos ser autênticos cristãos. Definitivamente desejar agradar somente a Deus, custe o que custar. Nossa vida deve ser um anúncio vivo da pessoa de Jesus. Vida nova implica em novos comportamentos, novas posturas, novas palavras, novos relacionamentos. E o mais importante é que tudo isso já nos foi dado em Cristo Jesus Ressuscitado! 
 
Vamos, irmãos! Comecemos a escrever uma nova história, uma história de almas fiéis ao Senhor que constroem a cada dia uma vida de santidade e felicidade, com os pés no chão , mas com os olhos e o coração no céu!  Exclamemos incessantemente: “ Meu Senhor e meu Deus!” E creiamos: Ele há de nos acompanhar, amparar e sustentar ao longo do caminho.

Nossa juventude ofertada a Deus

 



“De fato, na idade da juventude, surgem de modo irreprimível e sincero as questões sobre o sentido da própria vida e sobre a direção que se deve dar à própria existência. A estas questões só Deus sabe dar verdadeira resposta.” (VD 104)

O desejo que temos de Deus está impresso em nossa alma. Fomos cridos por Deus e para Deus. Somos sem cessar atraídos por Ele que, em si mesmo, quer nos doar a verdade e a plena felicidade que não cessamos de procurar.
O homem expressa de múltiplas maneiras sua busca de Deus. É na juventude que esta busca se faz mais expressiva. Os jovens estão sempre em busca. O futuro se apresenta como uma grande aventura que deve ser assumida com coragem. Tudo está por construir. Tudo ainda está por fazer. É tempo de escolher. É tempo de plantar. A expectativa do que está por vir parece provocar até os corações mais tímidos a arriscarem a vida em algo novo. As potencialidades estão ávidas por desenvolverem-se ao máximo. São João, em sua primeira carta, se dirige aos jovens dizendo: “Jovens, vós sois fortes e vencestes o Maligno”. Este apóstolo tão amado que encontrara-se com Jesus tão jovem, reconhece nos jovens de seu tempo a força capaz de vencer o Mal.
 Muitos estão determinados a investir tudo enquanto são jovens: crescer nos estudos, iniciar de forma promissora a carreira profissional, cuidar muito bem do físico, explorar as próprias capacidades intelectuais, aproveitar ao máximo as oportunidades de lazer, etc. Outros, sem desconsiderar o valor destes “investimentos”, encontram na oferta total de suas vidas a Deus, a realização plena de todas as suas potencialidades.
 Doar-se a Deus é a maior aventura que se possa imaginar! É uma escolha rica de sentido, pois se dá no Amor e por Amor. É um Sim que nos deixa mais pobres, pois uma única ambição rouba o coração por inteiro: arriscarmo-nos na desafiadora Vontade d’Aquele que nos amou e nos chamou para Si.
 A vida de Chira Luce, a jovem italiana beatificada por João Paulo II, nos interpela profundamente: nasceu em 1971 e descobriu a riqueza da vida em Deus ainda adolescente era uma esportiva por excelência, gostava de patinação, das montanhas e do mar. Era uma menina cheia de vida: gostava de rir, cantar e dançar. Vítima de um câncer muito grave, acolhe com bravura aquela experiência sofrida, mas, rica de sentido, pois vivida no Amor e para o Amor. São palavras de Chiara:
“Não era um crista autêntica porque não vivia o Evangelho completamente. Agora quero fazer deste magnífico livro a única meta da minha vida. Não posso permanecer analfabeta de uma mensagem tão extraordinária.”
Acometida pela doença, testemunha:
“Agora não tenho mais nada, mas ainda tenho um coração e com ele posso amar”
“Os jovens têm uma só vida, vale à pena usá-la bem”
Experimentou que Deus é Amor e se lançou por inteiro nesta aventura divina. Morreu com apenas 18 anos sem deixar de testemunhar o amor um instante sequer.  Teve uma breve e intensíssima vida.
A vida de Chiara e de tanto outros jovens que decidem fazer do Evangelho a única meta de suas vidas fazem ecoar o convite de Bento XVI aos jovens ao assumir seu pontificado.
“Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada – absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. (…) Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, e dá tudo. Quem se entrega a Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo, e encontrareis a vida verdadeira”

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Amar todos sempre

“Uma das características do amor cristão é que não faz distinção entre as pessoas. Somos levados naturalmente a julgar quem é digno ou menos digno de nosso amor, segundo as aparências, a condição social, a idade, etc. Ora, o cristianismo nos ensina que devemos amar a todos. Será que somos capazes disso realmente? Talvez só na intenção. Durante esse dia poderemos fazer o esforço de vivermos dessa maneira. Todas as pessoas que passarem ao nosso lado serão alvo do nosso amor. Sem nenhuma distinção entre elas. Sem preferências nem favoritismos. A todos igualmente. É dessa maneira que Deus nos ama.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Formação: A fidelidade começa no namoro

O namoro não é um tempo para conhecer o outro por fora, mas por dentro e fazer o outro crescer; se isso não acontece, então este relacionamento está furado. Para dizer "sim" ao outro, você tem que dizer "não" para você. E quando isso acontece, você está fazendo o outro crescer, e isso precisa acontecer no namoro, no noivado e no casamento.
 
O amor é uma decisão. Quando você sobe ao altar para se casar, você diz que jura ser fiel, na saúde, doença, amar e respeitar todos os dias da sua vida, e não é uma declaração poética, mas um juramento de fidelidade até o último dia da sua vida. O jovem que não é fiel no namoro, então não será no casamento também.

É o amor que constrói, o amor não é egoísta, mas tudo suporta, tudo espera, esse é o amor de Deus, não o amor dos homens, ou das telenovelas. São Paulo compara o amor dos maridos com o amor que Cristo tem pela Sua Igreja.

Um dos problemas que mais afetam os jovens é a falta de fidelidade e a não vivência da castidade. Mais uma outra coisa: Por que muita gente não é capaz de amar? Amar é dar-se, é renúncia. E por que muitos não conseguem se dar? Porque não se possuem. Para dar algo para alguém você precisa ter posse daquilo.

Eu tenho que me possuir, e como é isso? É ter domínio sobre mim mesmo. Um homem que não tem domínio sobre si, que não consegue dominar-se diante de um prato de comida, ou aquele que não pode ver uma mulher e já vai atrás, é porque não tem comando sobre si; alguém assim não tem liberdade.

Deus não nos fez livres para fazer o mal, mas para fazer o bem. Se a liberdade não respeitar dois vínculos, que é a verdade e a responsabilidade, então não é liberdade, é loucura. Se você não consegue respeitar essas duas virtudes, é sinal de que você perdeu a razão. Ninguém é livre para abusar das pessoas. Ser livre é não ser escravo das paixões e do pecado. Livre é aquele que luta contra o pecado. Para ajudar o outro a crescer é preciso ser livre. Quem não é livre é egoísta.

Por que nós recebemos muitas cartas falando sobre o sexo no namoro? Porque para os jovens de hoje é muito difícil viver a castidade. O mundo vive um pansexualismo, no qual tudo respira a sexo. Não se vende mais um carro, roupa, sem colocar a foto de uma mulher nua. O homem é fascinado pelo corpo da mulher, por isso para o jovem é tão dificil viver a castidade. Deus fez a mulher maravilhosa, encantadora, mas existe um lugar para viver o sexo e o sexo é para ser vivido no casamento. A Igreja ensina que o sexo tem duas funções, unitiva e procriativa, mas antes disso é preciso unir as vidas, é preciso colocar uma aliança no dedo e prometer fidelidade todos os dias da vida. Depois de colocar a aliança no dedo aquele homem é da mulher e a mulher é do homem.

Marido e mulher não podem ficar muito tempo sem relação sexual, a Igreja chama isso de "débito conjugal". O sexo é a liturgia do amor conjugal, é a maior expressão de amor entre o casal. Ali não está se dando apenas um presente, uma rosa, não, é o seu corpo, a sua intimidade que você está dando ao outro. Não há sentido em entregar o seu corpo sem um compromisso conjugal.

E muitos perguntam: Eu amo meu namorado, por que não posso ter vida sexual com ele? Primeiro porque a lei de Deus não quer. E porque Deus não quer é porque Ele não é bom? Não! É porque não é bom, e isso tem um nome: Isso se chama "fornicação", e é pecado grave. Duas pessoas solteiras que se relacionam sexualmente a Igreja chama de adultério ou fornicação. Como cristão católico, você não pode, porque para nós o que vale é a Palavra de Deus.

Viver a castidade no casamento é não desejar a mulher do outro, não ver filme pornográfico e depois querer fazer o mesmo com a sua esposa. E eu, meus irmãos, continuo lutando, pois eu quero esta medalha de ouro, mas você jovem que consegue viver a castidade, a sua medalha será muito maior que a minha, porque quanto maior for a sua luta, tanto maior será o sabor da sua vitória.

Nós precisamos fazer uma santa revolução na juventude, para que os jovens vivam no namoro a castidade, para que eles se respeitem até o casamento. Porque o sexo antes do casamento estraga muito.

O Papa João Paulo II, em 1997, disse que no Brasil, por causa do sexo livre, há milhares de crianças órfãs de pais vivos. Homens covardes que abusam das meninas. E quem paga a conta é a criança, que muitas vezes é abortada, outras ficam aos cuidados dos avós ou em orfanatos. Quando uma criança é gerada no casamento não acontece isso, ou não é para acontecer de os pais abandonarem os filhos. Quando a Igreja pede que o jovem seja casto, é para ele treinar, exercitar a fidelidade para chegar ao casamento com esta fibra e com a graça de Deus.


Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br 

terça-feira, 10 de maio de 2011

QUEM é MAIS FORTE: O AMOR OU O PODER?

QUEM é MAIS FORTE: O AMOR OU O PODER?
Certa vez, disse para uma amiga: “Não desista de viver a bondade!” Passaram-se anos e há poucos dias ela me disse: “Nunca mais esqueci suas palavras e tenho deixado-me conduzir por elas, as quais permanecem como eco em minha memória”.

A princípio, fiquei somente surpresa por ela ter se recordado tão vivamente do conselho, mas depois percebi que era mais que isso. Em suas palavras, percebi o Senhor atualizando o recado também para minha vida.

Em um mundo no qual se coloca em evidência aquilo que não é bom, se não estivermos alicerçados em princípios de fé e esperança, correremos o risco de nos deixar levar pela maldade e agir pela força dos argumentos da razão, desistindo facilmente de ser bons.

Hoje falei sobre isso em um dos programas que apresento na Rádio Canção Nova e resolvi ampliar a partilha na intenção de que ela chegue ao seu coração. Eu acredito no poder da bondade! Posso dizer, por esperiência própria, que o amor é mais forte do que o poder do mal.

Existe uma fábula atribuída a Esopo que pode ilustrar essa partilha e eu a apresento aqui:

"Conta-se que o sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte.

O vento disse:

- Provarei que sou o mais forte.

Vê aquela mulher que vem lá embaixo com um lenço azul no pescoço?

Aposto como posso fazer com que ela tire o lenço mais depressa do que você.

O sol aceitou a aposta e recolheu-se atrás de uma nuvem.

O vento começou a soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava,

mais a mulher segurava o lenço junto a si.

Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar.

Então, o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher.

Com este gesto, ela imediatamente esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço.

O sol disse, então, ao vento:

- Lembre-se disso: A gentileza e a bondade são sempre mais fortes que a fúria e a força".

Acredito que, com essa narrativa, Deus está nos dando hoje a direção para vencermos os obstáculos de nossa vida. Não com a força, não com a fúria, mas com a gentileza, com o sorriso, com a bondade, com a paciência, com o amor e o perdão, é assim que venceremos!

Não sei em qual etapa da vida você se encontra, quais são os desafios que tem enfrentado, mas acredito que Jesus, o “Homem bom por excelência” , pode e quer nos ajudar a darmos uma resposta diferente, fazendo opção pela bondade. A Palavra do Senhor diz: "Não pela força, nem pela violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos [...]" (Zacarias 4,1-10).

E o Espírito de Deus nos conduz somente àquilo que é bom, justo e nobre.

Que tenhamos a coragem e a disposição para expressar a bondade que está em nós e pode chegar a muitos corações a partir da nossa decisão e coragem de ser um pouco melhores a cada dia. Eu estou tentando. E você?

Busquemos, juntos, neste dia, dar a vitória à bondade. A força dessa virtude, passando por nossos pequenos gestos, pode fazer grande diferença

CONHECER A VONTADE DE DEUS

CONHECER A VONTADE DE DEUS
Diz o Evangelho de São Marcos, 11-22, "Tenha fé em Deus”. Quando nós buscamos a palavra fé, sua definição, há muitos sinônimos que vêm com estas palavras: confiança, certeza, segurança. Jesus Cristo diz que temos de aplicar todas essas palavras em Deus. Você precisa ter confiança, ter certeza e segurança em Deus.

É importante entendermos que nosso Deus deseja o melhor para nós, mas até que entendamos isso, não teremos a verdadeira fé. Precisamos ter segurança, certeza, confiança. Onde há fé não pode haver dúvidas.

Você não daria o cuidado de seus filhos a um desconhecido, pois este ato de confiança vem depois de ter conhecido a pessoa e descobrir que ela é digna de seu crédito. Mas até você ter essa segurança, vai hesitar. Por isso precisamos conhecer o Senhor, Sua vontade, para ter essa confiança em Deus.

O problema é que, na verdade, não sabemos qual é a vontade de Deus. Para ver a glória do Senhor, necessitamos saber qual a vontade dEle para nossa vida. Temos de pedir coisas conforme a vontade de Deus, mas para isso precisamos conhecê-la. Às vezes, agimos como se fosse um grande mistério, como se Deus ocultasse a Sua vontade de nós, mas eu lhe pergunto: "Qual a vantagem de Deus ao esconder Sua vontade de nós?".

Devemos nos perguntar: "Como conhecer a vontade do Senhor?". Há um livro que necessitamos estudar, mas, às vezes, nos descuidamos dele: a Bíblia. Temos somente um contado com ela no grupo de oração, mas, depois, não a pegamos mais. No entanto, este livro é o que mais devemos ler, mas ele, muitas vezes, está apenas aberto em nossa casa, em algum Salmo. Neste livro se encontra a vontade de Deus. E conhecer a Sua Palavra é saber a Sua vontade. Nele Deus revela todas as suas vontades, promessas e bênçãos. Nele existem 30 mil promessas feitas por Deus que não podem retornar vazia.

Nós necessitamos conhecê-la, mas se temos este livro como enfeite, nunca o conheceremos. Se vivermos conforme a vontade de Deus, veremos Sua glória; mas se não a vivermos, não poderemos fazer orações com segurança. Todo aquele que pede com dúvidas não espera receber nada do Senhor. Todas as dúvidas devem desaparecer; as orações que chegam ao ouvido do Senhor são orações de fé. Só oramos com fé se orarmos conhecendo Sua vontade. E isso só acontece através da Sua Palavra.

Deus deseja que alcancemos a Sua glória, que cheguemos ao outro lado; mas é difícil navegar até lá, pois há muitas tormentas com o propósito de tirar nossos olhos de Deus para que deixemos de navegar. O diabo não quer que você seja curado, não quer que você seja feliz, pois quando você recebe essas graças Deus, você é glorificado. Quero que você entenda que é responsável por receber ou não a graça divina, alcançar ou não a glória de Deus. O demônio sabe disso e, com todas as forças, tenta nos deter, pois nos detendo, ele detém a glória de Deus. Tormentas se farão, problemas surgirão. E se alguém falar que você não terá mais problemas, é mentira.

Escute, irmão! No meio da tormenta, Deus está com você. Ele sempre está com você, mesmo que pareça que Ele está dormindo, Deus está sempre ao seu lado. Deus está em todas situações, Ele está com você e tem poder para acalmar a tempestade. O seu Deus é muito maior do que todos os seus problemas. Se crermos, veremos Sua glória.

Texto produzido a partir da pregação em Nov.2009

Neil Velez

segunda-feira, 9 de maio de 2011

OS DESENTENDIMENTOS NO NAMORO

OS DESENTENDIMENTOS NO NAMORO
Há muitos motivos para desentendimentos nos namoros; muitas vezes, uma pequena atitude de um dos dois pode gerar uma briga entre eles. Uma palavra inconveniente dita na hora errada, um atraso sem explicação e outras coisas também podem gerar esse mal-estar. Mas sempre será possível reconquistar a paz e o bom relacionamento se houver maturidade e boa vontade por parte de ambos; se houver amor verdadeiro. Esse tipo de desentendimento acontece na vida dos namorados e faz parte do conhecimento recíproco que um deve ter do outro. Nessa hora é preciso haver compreensão, reconhecimento do erro quando for o caso, pedido de perdão e reconciliação; não é motivo para se terminar um namoro. Sabemos que nas crises nós podemos crescer quando sabemos examiná-las e aprender com nossos erros.

O ciúme exagerado é um problema que aflige alguns namorados; até certo ponto ele é natural e mostra que amamos alguém e queremos nos precaver de perder a pessoa amada. O que não podemos é cometer exageros por insegurança. O ciúme exagerado é falta de amor e confiança em si mesmo e no outro. Não existe amor se a confiança não for exercitada. Se você desconfia que seu (sua) namorado(a) está sendo infiel, então, objetivamente converse, apure os fatos e tome uma decisão, mas não deixe a sua cabeça se transformar em um pandemônio. Se você receber alguma informação de deslealdade, peça provas mínimas.

Há casais de namorados que terminam o namoro a fim de se darem um tempo para pensarem; isso não é mau, pode ser salutar; a distancia ajuda a analisar os fatos de modo melhor. Muitas vezes na vida a gente age de maneira intempestiva, impulsiva, sem pensar e analisar os fatos direitos e acaba fazendo bobagens das quais depois se arrepende. Uma separação temporária pode ser uma oportunidade para pensar e analisar bem a situação antes de tomar uma decisão.

Se houver uma separação, não force o outro a voltar; a volta deve ser espontânea para ser duradoura. Se ambos se amam, é claro que há possibilidade de volta; vale a pena conversar e descobrir o porquê de tantas brigas. Qual é o motivo da separação? A razão que está por trás delas é algo fundamental, essencial para a vida atual e futura de vocês; ou se trata de coisas pequenas, quinquilharias? É preciso ser maduro, ter grandeza de alma, não ser egoísta e egocêntrico. Sem isso, nenhum relacionamento humano é bom. E não podemos querer mandar na vida dos outros ou forçá-los a um relacionamento que já não aceitam. Nem Deus tira a nossa liberdade de escolha. Pode-se fazer de tudo para conquistar a pessoa amada, mas não de pode tirar-lhe a liberdade. Amor sem liberdade torna-se escravidão.

A FIDELIDADE COMO PONTE PARA A FELICIDADE

O processo do Cristianismo em nossas vidas é caminho pavimentado pela busca e encontro da fidelidade com a felicidade. Gosto de pensar às vezes que os autores Sagrados, por inspiração Divina, na riqueza de seus ensinamentos traduzem o amplo significado desse encontro no seio da existência do homem. Creio que o movimento dessa dinâmica nos sugere a compreensão do sonho de Deus para a humanidade.

Essa compreensão se dilata quando o homem inteligentemente se permite por a caminho com o cajado da fidelidade, calçando as sandálias da felicidade. Aliás, a atitude de ser inteligente (inteligere)– vocábulo latino- é traduzido como aquela capacidade de ler dentro, ler no interior do mundo. Neste sentido, diríamos que sob a ótica da fidelidade e da felicidade, o coração humano compreende sua vocação quando ler o interior do Cristianismo.

A fidelidade tem vários aspectos: para começar a confiabilidade. Posso confiar em alguém que é fiel. Eu sei, não vai me abandonar. Não vai esquecer-se de mim, mesmo depois de se interromper o contato. Sobretudo, não me deixará sozinho em minha necessidade. Para Tomás de Aquino, a fidelidade consiste em corresponder à confiança.

A fidelidade sugere que se cumpra o que foi prometido. O filósofo existencialista cristão, Gabriel Marcel, dizia também que “fidelidade é o reconhecimento de algo permanente... É a presença eternizada ativamente, a renovação do benefício da presença”. Essas duas reflexões traduzem inteligentemente que nosso seguimento a Jesus é o exercício constante da confiança e do reconhecimento de que Ele permanece conosco, é a crença de sua presença em nossa história, em nossa vida.

Neste itinerário as sandálias da felicidade vêm “calçar nossos pés”. Muito se tem a explorar do universo de compreensão dessa virtude. Jacques Lacan, filósofo e psicanalista, insiste que a felicidade não é simplesmente uma felicidade física, vibrante, de comunhão com outros seres humanos.

É também isso, porém não apenas! A felicidade seria o encontro de duas liberdades, de duas autonomias: “Eu posso ser feliz sem você, porém sou ainda mais feliz com você”. Cristianizando o pensamento de Lacan, o homem livremente pode até ser feliz sem Deus, todavia, é mais feliz com Ele.

Creio que abraçar a fé Cristã é isso. É ser fiel... É confiar para alcançar a felicidade. Essa dinâmica não se aplica tão somente em nossa relação com o Sagrado. É exercício também que permeia nossa relação com o outro.

Não como produto de um condicionamento, mas resultado daquilo que lhes são próprias na busca do que lhes falta. Que Deus nos possibilite, portanto, a graça de alcançarmos a cada dia por meio da fidelidade a Ele e ao próximo,a felicidade que brota sacramentalmente do seu coração.
ÚLTIMAS COLUNAS SOBRE NAMORO

CASTIDADE

A BELEZA DA CASTIDADE A castidade é um grande dom, que faz com que compreendamos a unicidade do nosso ser. A presença da castidade gera felicidade, dignidade, capacidade para amar, para se doar não por pedaços, mas para se doar por inteiro, como Jesus se deu na cruz. Hoje, vemos um mundo que despreza a beleza da castidade, por isso, as consequências são tão graves.

A castidade gera olhos transparentes, revela o próprio Cristo e aquela que é "toda bela", a Virgem Maria. Mas a ausência dessa virtude vai enfeando o homem. Aí a mulher precisa produzir-se cada vez mais e vai tornando a vida feia, vazia e infeliz.

Sem uma relação profunda de amizade no namoro não existe matrimônio verdadeiro e feliz. Mas como nós não priorizamos, no namoro, a amizade, temos matrimônios imaturos, inseguros, muitas vezes, gerados por relações sexuais pré-matrimoniais. Nós vemos os frutos disso na nossa casa, na nossa família. Temos visto uma sociedade que reivindica a regularização e a aceitação do adultério.

A sociedade nos diz o tempo todo que esse "negócio" de homem e mulher já era, que você é quem escolhe e, assim, vai negando a natureza e o dado inicial que Deus lhe deu. O Senhor o fez homem, não o fez outra coisa e você vai ser feliz sendo homem.

Rapazes, vocês são verdadeiramente homens! O mundo precisa de testemunho de virilidade, com a sua capacidade, com os seus dons, que complementam a mulher. A masculinidade de vocês é um dom de Deus. Vocês são verdadeiramente homens, inteiramente homens.

Pode ser que vocês tragam algumas feridas com vocês, mas não se deixem enganar pelo mundo! Não se arraste pelas modas que arrasam a masculinidade e a virilidade. Sejam homens por inteiro, como Cristo foi! Se há feridas em vocês, deixem que Ele, o Homem que é Cristo, pela Sua graça, pela castidade, os harmonize e os cure. Vocês serão felizes sendo quem vocês são. Quando, em Cristo, deixamo-nos ser aquilo que Deus nos criou, somos felizes.

Minhas queridas irmãs, quero lhes pedir em nome de Cristo, da Igreja e do mundo que vocês não percam o dom maior que Deus lhes deu: a feminilidade. A feminilidade de vocês nos torna mais homens. A feminilidade – não a sensualidade – torna seus esposos e seus filhos mais homens. A sensibilidade de vocês pode ser notada até quando um rosto muda. Vocês são capazes de fazer com que o mundo seja mais humano.

Não deixem de ser como Deus as fez: mulheres por inteiro, todas belas! Não caiam nas falácias do mundo de hoje, que querem que vocês entrem em competição com o homem. Não se deixem enganar pela sensualidade, pela negação da sua sexualidade como mulheres, como se pudessem ser outra coisa sem ser mulheres.

Mulher, que complementa o homem, que faz o mundo mais humano. Em vocês vejo minha mãe, minhas irmãs, minha cofundadora. Não deixem de ser o que vocês são pelas mentiras do mundo.

Onde começa essa deformação do mundo? Quando se despreza a castidade. Como podemos ser amigos da humanidade com uma sociedade que despreza a castidade? Como amigo de Deus e como amigo dos homens, eu sou chamado a testemunhar e a proclamar a beleza da castidade.

NAMORO é CONSTRUçãO

O namoro, como toda relação humana, é encontro. Encontro de dois universos, duas histórias, duas maneiras diferentes de compreender a vida. Nesse encontro cada um carrega o que lhe é próprio: suas circunstâncias, determinismos, a educação recebida por parte dos pais e familiares, enfim, sua identidade. Quando tais diferenças começam a aparecer acontecem os primeiros “choques” relacionais, pois, descobrir um outro que não sou eu, que pensa diferente e que não age do jeito que eu acho que é certo, por hora, causa desconcerto, desinstalando assim meu universo.
Existem realidades na identidade do outro que são sagradas e nos agridem pelo simples fato de existirem. São costumes, formas de pensar, percepções, que, muitas vezes, se chocam com nossos conceitos e inauguram no coração um intenso processo de ira.
Em tais momentos faz-se necessário uma aguçada sensibilidade para acolher a verdade do outro naquilo que o compõe, com respeito e compreensão: Entendendo que, com ele, é diferente, pois sua história foi outra e que, mesmo assim, ele é muito mais do que nossos preconceitos o pintaram. Por isso, precisamos estar abertos para descobrir sua essência para além de nossos julgamentos.
A base para que todo namoro – e relação – seja sadio é o respeito pela história e identidade do outro. Respeito este que se traduz em uma sincera “acolhida” de tal identidade e pela disposição para adentrar naquilo que a constitui.
As cenas acontecidas em nossa história, por mais duras que tenham sido, não têm o poder de nos determinar eternamente no que seremos, pois, o ser humano é sempre um “ser de possibilidades e de superação”.
Para construir um belo e sólido namoro é preciso cultivar e consciência de que a acolhida – com o sagrado respeito – das raízes que emolduram o outro e a disposição para construir com ele uma nova história, a partir do real, são realidades essenciais.
Também acontece que, muitas vezes, o que atrapalha profundamente um relacionamento não são tanto os defeitos que vemos no outro, mas o receio despertado em nós diante da diferença que o caracteriza. Pois tal percepção pode trazer à tona o medo inconsciente de nos perdermos de nossa identidade em virtude de uma outra, com outros valores e significações, a qual aos poucos começa a invadir nosso mundo e a bagunçar nossas estruturas.
Só quem sabe perder pode verdadeiramente ganhar (cf. Mc 8,35); por isso, para crescermos em nossos relacionamentos será necessário nos despojarmos do receio de nos perder e de ser contrariados, para nos lançarmos no amor que se expressa na doação. E doar-se não significa afastar-se do que se é para agradar alguém, isso se chama alienação. A doação se caracteriza quando abrimos mão – com respeito à nossa identidade, é claro – do “nosso jeito”, do que “nós achamos certo”, das “nossas razões”, para assim alargar nossa compreensão e nos permitir apreender com um outro jeito de perceber as realidades. A diferença do outro existe para nos acrescentar algo e não para nos destruir.
A (o) namorada (o) é alguém que está ao nosso lado para nos ajudar a crescer e a compreender o que ainda não somos capazes de enxergar; enfim, para nos completar em nossas ausências. Contudo, a construção do namoro é um processo de lapidação que requer paciência e perseverança. Por mais que ambos pareçam “pedras imóveis e informes” existe – no solo sagrado desses corações – lindos e preciosos diamantes, que cada qual tem a missão de descobrir.
A lapidação é um processo que causa dor, pois nele são arrancados os excessos que não pertencem à essência do diamante. O tempo se encarregará de revelar o que nos é essencial e o que, de fato, não nos pertencia, mas nos foi imposto devido ao solo que nos abrigava.
No namoro ninguém está pronto, ambos têm a missão de se construírem reciprocamente nessa belíssima lapidação, que dá luz ao genuíno amor e que investe a existência de sentido e satisfação. Namoro é uma contínua construção, pois esse relacionamento não se torna maduro da noite para o dia. Nele é preciso investir, construindo no hoje o diamante que se evidenciará amanhã...
“Que a dor ocasionada pela perda de nossos pedaços – será que nossos mesmos?... – não nos impeça de contemplar a beleza do diamante que está nascendo”.
Deus abençoe o seu namoro!

PARA ENCONTRAR A PESSOA CERTA é PRECISO SER A PESSOA CERTA

Vivemos em uma sociedade que cada vez mais despreza todas as formas de compromisso e de seriedade relacional. Diante disso, experiências de supostas aventuras momentâneas acabam, na maioria das vezes, prevalecendo diante do desejo de se viver um comprometimento sério no namoro.

De fato, em meio às frágeis concepções relacionais existentes em nosso tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrar “a pessoa certa” para se viver um sadio relacionamento afetivo. Além do que, neste processo de encontrar a pessoa certa muita paciência e sabedoria são necessárias.

Aqui se aplica concretamente a antiga máxima: “Antes só do que mal acompanhado”, pois, em tais circunstâncias uma escolha errada pode acarretar terríveis e desagradáveis consequências: afetivas, emocionais e existenciais.

Para se encontrar a pessoa certa é preciso antes ser a pessoa certa, ou seja, é necessário estar preparado para tal encontro, para, assim, poder oferecer o melhor de si ao outro.

O namoro é uma realidade para a qual é preciso preparar-se, e preparar-se bem: através oração e vivência dos sacramentos, buscando a própria cura interior, procurando moldar as fragilidades do temperamento, entre outros. Enfim, para ser a pessoa certa para o outro se faz necessário estar bem consigo, com os próximos e, principalmente, com Deus.

E só está realmente bem aquele que não centrou seu coração em si mesmo, mas n’Aquele que lhe é infinitamente superior, dando a Este a total prioridade em tudo o que se é e se faz. O encontro com um “outro” não pode ser a única e cega meta da vida, mas ao contrário, deve ser a simples consequência do encontro com o “Outro”, que confere o verdadeiro lugar para todo e qualquer afeto humano.

Quem ainda não colocou o Sagrado no centro de sua existência não está pronto para viver um relacionamento sadio, pois correrá o sério risco de divinizar o outro, dando a este um lugar devido somente a Deus e, consequentemente, exigindo dele o que somente o Senhor pode lhe oferecer, tornando, dessa forma, a relação pesada e sufocante.

Existem lacunas em nós que somente o amor de nosso Autor poderá preencher, e apenas a partir de um profundo encontro com Ele nossos relacionamentos poderão tornar-se maduros e realmente bem sucedidos.

O amor só pode ser vivenciado com vida e equilíbrio, onde o “Amor” verdadeiramente saciou as fragilidades e vazios do coração.

Vivendo a partir de tais princípios e cuidando sempre e bem do coração, nós nos tornaremos capazes de inaugurar as devidas vias que precederão a tão desejada interação, a ser realizada pelo namoro, e poderemos assim saborear seu posterior êxito e plenitude.

COMO ENCONTRAR A PESSOA CERTA?

Se você entrou neste post e pensou que encontraria os “10 passos para encontrar o amor da sua vida”, ou “que em 3 dias este amor apareceria”, ou tipo uma fórmula do amor (A+B= amor). Peço:

Pare por aqui, o amor não improvisa e nem é macarrão instantâneo que em 3 minutos está pronto para ser devorado.

Amor é aventura, amor é desafio, amor é para corajosos!

Pense comigo:

No mundo existem aproximadamente 7 bilhões de pessoas uma delas é a pessoa que Deus pensou pra você, esta pessoa está dentro de uma área de 510,3 milhões de Km² em algum dos 5 continentes, trabalhando ou estudando ou até dormindo em algum dos 195 países. E você tem a simples tarefa de: “Encontrá-la”.

Parece até algum daqueles filmes tipo: Indiana Jones e os caçadores da Arca Perdida ou Indiana Jones e a Última Cruzada, não é?

Sim, estamos sempre à procura, porém o que quero deixar para você é algo: “Não se perca na busca”.

Acredito que antes de encontrar a pessoa certa é preciso se tornar a pessoa certa. Torne-se o homem (mulher) que Deus lhe chama a ser. Se descubra como alguém que sabe que preenchimento e plenitude só se encontram em Deus. Não espere que outra pessoa lhe complete. Deixe que Deus faça isso.

Tem muita gente mais ou menos por ai. Não que elas sejam mais ou menos, mas se comportam como tal. Tem gente que pensa assim: “Já que a mulher de minha vida é minha cara-metade, serei metade até que a encontre e quando a encontrar, todos os meus problemas estarão resolvidos”. Gente “mais ou menos”. Te falo, quanto este cara encontrar a garota, não será o começo de um relacionamento, mas sim um início de uma dependência e prisão de carências. Ninguém merece ter nas costas o peso de ser “a solução de problemas” não é?

O que é ser a “pessoa certa”?

“Certa” não é perfeita. “Certa” no sentido de ser gente, ser pessoa humana. Se ama, se acredita e melhor ainda se percebe amada pelo Amor - com letra maiúscula mesmo.

Se você começou a ler este post e queria saber se a pessoa que hoje você namora é a “certa” para você, a primeira pergunta precisa ser respondida:

Sou a pessoa certa?

Uma vez respondida esta pergunta podemos ir para a segunda?

Esta pessoa é a certa para mim?

Agora pedirei ajuda aos evangelhos, bom na verdade às cartas de Paulo.

“(O amor) Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (I Cor 13,7)

Sabe aquelas experiências de Química que você precisa submeter determinado experimento a algumas condições, como temperatura, pressão e tal… Faça isso agora com o “amor” que você tem ao seu lado. As condições foram dadas por Paulo:

Se é amor tudo des – culpar. Reconhecer a culpa quanto ela é real, mas tirá-la, pois se ama, e quem ama perdoa.

Se é amor tudo “crê”. Tipo não dá para levar um namoro quando se há desconfiança. É só desgaste.

Se é amor tudo “espera”. Nem preciso falar que o verdadeiro amor espera. Então castidade é o parâmetro para um namoro bacana.

Se é amor tudo “suporta”. Namorar é fazer bem. Lugar de viver e também de morrer. Nunca de matar!

Se ao submeter seu “amor” à prova destas condições e ele “agüentar”, posso te garantir você tem ao seu lado um grande amor.

Não tenha medo de fazer isso, porque somente quando o amor é colocado à prova é que se pode ver seu verdadeiro valor. (João Paulo II)

E se a dúvida ainda bate à porta, e você ainda duvida se está com a pessoa certa, o Papa João Paulo II responde a esta dúvida assim “quanto maior o sentimento de responsabilidade pela pessoa amada, mais verdadeiro é o amor”.

Como eu disse no começo do texto, para amar não existe receita pronta e sim indícios de um bom caminho a trilhar, tá a fim?

NAMORAR OU "FICAR"?


Quem ama de verdade quer compromisso. Para isso existe o namoro.
Tempo de conhecimento, identificação de idéais e troca de afetos para, depois, assumir, com a pessoa amada, um sacramento para toda vida.
Ultimamente, temos presenciado uma liberalidade e relativização de muitos conceitos de moral e ética que deturparam a mentalidade, principalmente, dos jovens na área afetiva e sexual. Os namoros são desregrados e sem o sentido do amor verdadeiro. Tudo é válido pela busca do próprio prazer.
Surgiu então o "Ficar"! Comportamento de quem namora sem assumir a essência de um relacionamento: o compromisso.
Por que, então, não se deixar levar por essa onda?
Primeiramente, essa prática é contrária aos princípios cristãos e ao sentido pleno da existência humana. Fomos criados para amar e não para viver o egoísmo.
As pessoas aprendem a qualificar as outras por padrões pré-fixados, seja pela mídia, modismos ou por status; beleza física, condição social, influência que a pessoa possui, etc. Isso os faz parar nas primeiras impressões a respeito dos outros. Não existe a amizade, só o interesse de um tempo que o faz olhar somente para o exterior dos outros, como se fossem um produto. Deixa de existir a oportunidade de um casal aprender a se amar pelas diferenças, pelos erros e pela capacidade de perdão. Também não há espaço para mostrar machucaduras e defeitos, pois o que conta é o que o outro aparenta de melhor.
Outro ponto é quando os padrões saem da concepção própria e são influenciados pela opinião dos amigos. Um exemplo, é deixar de estar com alguém que se está aprendendo a amar pela não aceitação do seu circulo de amizades. Ou então, querer "ficar" com alguém popular e o maior número de parceiros (as) para causar boa impressão no grupo. Isso também não é positivo.
Há também a dimensão do orgulho e da vaidade. Os dons e qualidades de um ser humano são colocados à disposição da sensualidade e da sedução.
Na Palavra de Deus, podemos também encontrar argumentos contrários à prática do "ficar";. O Livro da Sabedoria, no capítulo 1, versículo 16, começa a narrar o pensamento do ímpio e se estende até o capitulo 2, onde, no versículo 6, diz assim: "Agora, portanto, gozemos dos bens presentes e aproveitemos das criaturas com ânsia juvenil".
Quem tem o anseio de santidade e de um dia constituir uma família, não pode pensar e agir como os ímpios. "Ficar" é moldar-se a não assumir compromissos.
Se você pretende viver a sua dimensão afetiva da melhor forma possível, ou melhor, se você quer colocar intensidade na natureza do seu coração, não tenha iniciativas de olhar o outro como um mar que deságua rios de egoísmo, e sim, viver tudo o que o amor tem a oferecer.
Amar é simples no ser, mas requintado no servir, porque é para alguém que faz parte da sua existência. Namore, conheça, encare a outra pessoa como um mistério a ser desvendado, aprofunde a amizade, seja parte da vida dela, em pouco tempo você estará participando da sua confiança. Tenha sentimentos puros, acredite na pessoa, ajude-a a se descobrir nas mais belas aventuras dentro dela mesma, viaje por caminhos do seu interior, no qual sempre estiveram abertas as estradas, mas das quais nunca foram contempladas as belezas. Direcione sua afetividade, a capacidade de amar que há em você, para onde vale realmente a pena investir.
Seja curado por seu relacionamento e não destruído por ele! Não aceite ser vítima de si mesmo, por não corresponder a toda força do amor que existe em você. Não seja um refém da imposição que este mundo nos submete, ensinando o que é errado como se fosse uma virtude.

BEIJAR E BOM DEMAIS!

Tudo o que é de todos acaba sendo de ninguém
"Já beijei um, já beijei dois, já beijei três..."
"Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo meu também."

São essas as músicas que a galera canta quando sai para a balada, e se não canta soltando a voz, vai cantando com as atitudes. Tem até "concurso do beijo" para ver quem consegue mais "ficantes" ou "namorix" no mesmo dia. No dia 12 de junho de 2004 um shopping center percebendo a moda do ficar, espalhou para tudo quanto foi lado cartazes dizendo que o dia dos namorados era o "Dia do fico".

Qual a diferença entre namorar e ficar? A diferença é que namoro tem amor dentro! Veja:


NAMORO!

Beijar é bom demais! Sem dúvida alguma. O ruim é sair beijando todo mundo que se vê pela frente. E tem fase na vida que dá vontade de fazer isso mesmo. A descoberta do "ficar" com o outro é algo mágico, muito bom. Mas ao entrar nessa onda do "ficar", além de "queimar o filme" na rua, no bairro, na escola, na cidade, você literalmente pode "ficar na mão".

O que fazemos hoje pode não ter conseqüências imediatas, mas um dia vamos colher o que plantamos. Ficar cada final de semana com um parceiro diferente é um treino de infidelidade. De fato, como afirma o psiquiatra Viktor Frankl, quando não conseguimos qualidade em nossos relacionamentos, compensamos com quantidade .

Se com 12, 14, 17 anos ou até um pouco mais, você troca de parceiros constantemente, vai ser complicadíssimo "ficar" com uma pessoa só, sendo fiel, amando de verdade! Pensar melhor com quem se envolver e o momento certo para isso acontecer é importantíssimo. Agir com o coração mas não arrancar a cabeça do lugar. Ainda mais nessa época do descartável: os produtos, e até os homens estão na "linha descartável". Um encontro, um filho. Cresce a produção independente, queremos o prazer imediato. O homem se "coisificou".

Seu corpo está à venda? Não! Ele já foi comprado por um alto preço, um homem-Deus que morreu crucificado para comprar a sua vida e fazer de você templo do Espírito Santo. Seu corpo não pode ser vendido para ninguém; Deus já escolheu a pessoa que estará ao seu lado. Não estrague sua felicidade. O verdadeiro amor sabe esperar!!! Você não é descartável! Não deixe que tratem você como "latinha de refri": enquanto está na mão é ótima, mata a sede, mas depois, se joga fora. Valorize-se!

É cada vez mais freqüente entre nós jovens a prática de uma prostituição disfarçada de namoro. Não se vende mais o corpo; se empresta, se dá ! É uma espécie de "prostituição soft" que de soft só tem o nome.

Vamos pensar um pouco, porque sair cantando: "Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também" é "o mesmo que declarar ao corpo a condição de ser espaço público, por onde todos passam, mas ninguém permanece. Tudo o que é de todos acaba sendo de ninguém" MELO 2002:51-52. Por que há tanta gente com depressão? Sem gosto pela vida? Por que há tanta confusão em nossas famílias? Por que as pessoas estão se matando? É porque o medo de enfrentar a realidade faz o homem buscar um alívio imediato. Mergulha-o nas drogas e afoga sua vida num lamaçal. Lança-o nos relacionamentos instáveis que lhe trazem o prazer momentâneo. São os típicos "Relacionamentos Doril": Tomou, beijou, a dor sumiu! Beijinho gostoso, amassadinha rapidinha, sem compromisso, usadinha só pra curtir. Passatempo que pode até ser "divertido" momentaneamente, mas desvaloriza o outro! E ninguém curte ser usado, desvalorizado.

Quem se ama se respeita, se cuida e por isso consegue respeitar e valorizar o outro. RESPEITO. Palavra que pode, à primeira vista, parecer "cafona", mas é o que todo mundo gosta, seja criança, adolescente, jovem ou adulto. Respeito deriva do verbo latino ‘respicere' , que significa olhar. Gostamos quando somos olhados sem frieza, sem julgamentos. Um olhar acolhedor desfaz antipatias, quebra preconceitos, não pára nas diferenças.

Um olhar que só vê as aparências, que só enxerga roupas, brincos, camisas,músculos ou a bonita maquiagem, é muito superficial e pobre. Quando alguém nota isso em nós ou percebe quando cortamos o cabelo, mudamos o visual, pode até nos agradar, mas no fundo no fundo, a gente gosta mesmo é de ser olhado além das aparências. Na balada ou na escola, um olhar que é capaz de enxergar nossa tristeza ou solidão disfarçada de liberdade numa roupa ousada e sensual deixa marcas. "Alguém me enxergou! Não julgou! Me valorizou! Olhou-me além das aparências!" Quem consegue enxergar o outro assim é porque o respeita, está amando, está evangelizando pelo respeito sem preconceito. Isso sim é "olhar diferente"!

Mesmo que tenhamos jogado nosso corpo no lixo das drogas, da sexualidade despersonalizante e desenfreada, Deus está disposto a fazer um trabalho de reciclagem e reordenação conosco. Ele quer nos fazer entender o grande valor que temos. Existe esperança! Acredite! Pois Deus acredita em você! Está aberta a temporada do AMOR VERDADEIRO, aquele que respeita e sabe esperar.


Dimas Pires
Este texto faz parte do livro Fala Sério! é proibido ser diferente?