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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Nossa juventude ofertada a Deus

 



“De fato, na idade da juventude, surgem de modo irreprimível e sincero as questões sobre o sentido da própria vida e sobre a direção que se deve dar à própria existência. A estas questões só Deus sabe dar verdadeira resposta.” (VD 104)

O desejo que temos de Deus está impresso em nossa alma. Fomos cridos por Deus e para Deus. Somos sem cessar atraídos por Ele que, em si mesmo, quer nos doar a verdade e a plena felicidade que não cessamos de procurar.
O homem expressa de múltiplas maneiras sua busca de Deus. É na juventude que esta busca se faz mais expressiva. Os jovens estão sempre em busca. O futuro se apresenta como uma grande aventura que deve ser assumida com coragem. Tudo está por construir. Tudo ainda está por fazer. É tempo de escolher. É tempo de plantar. A expectativa do que está por vir parece provocar até os corações mais tímidos a arriscarem a vida em algo novo. As potencialidades estão ávidas por desenvolverem-se ao máximo. São João, em sua primeira carta, se dirige aos jovens dizendo: “Jovens, vós sois fortes e vencestes o Maligno”. Este apóstolo tão amado que encontrara-se com Jesus tão jovem, reconhece nos jovens de seu tempo a força capaz de vencer o Mal.
 Muitos estão determinados a investir tudo enquanto são jovens: crescer nos estudos, iniciar de forma promissora a carreira profissional, cuidar muito bem do físico, explorar as próprias capacidades intelectuais, aproveitar ao máximo as oportunidades de lazer, etc. Outros, sem desconsiderar o valor destes “investimentos”, encontram na oferta total de suas vidas a Deus, a realização plena de todas as suas potencialidades.
 Doar-se a Deus é a maior aventura que se possa imaginar! É uma escolha rica de sentido, pois se dá no Amor e por Amor. É um Sim que nos deixa mais pobres, pois uma única ambição rouba o coração por inteiro: arriscarmo-nos na desafiadora Vontade d’Aquele que nos amou e nos chamou para Si.
 A vida de Chira Luce, a jovem italiana beatificada por João Paulo II, nos interpela profundamente: nasceu em 1971 e descobriu a riqueza da vida em Deus ainda adolescente era uma esportiva por excelência, gostava de patinação, das montanhas e do mar. Era uma menina cheia de vida: gostava de rir, cantar e dançar. Vítima de um câncer muito grave, acolhe com bravura aquela experiência sofrida, mas, rica de sentido, pois vivida no Amor e para o Amor. São palavras de Chiara:
“Não era um crista autêntica porque não vivia o Evangelho completamente. Agora quero fazer deste magnífico livro a única meta da minha vida. Não posso permanecer analfabeta de uma mensagem tão extraordinária.”
Acometida pela doença, testemunha:
“Agora não tenho mais nada, mas ainda tenho um coração e com ele posso amar”
“Os jovens têm uma só vida, vale à pena usá-la bem”
Experimentou que Deus é Amor e se lançou por inteiro nesta aventura divina. Morreu com apenas 18 anos sem deixar de testemunhar o amor um instante sequer.  Teve uma breve e intensíssima vida.
A vida de Chiara e de tanto outros jovens que decidem fazer do Evangelho a única meta de suas vidas fazem ecoar o convite de Bento XVI aos jovens ao assumir seu pontificado.
“Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada – absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. (…) Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, e dá tudo. Quem se entrega a Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo, e encontrareis a vida verdadeira”

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