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sexta-feira, 8 de julho de 2011

A vontade de Deus nos santifica



  • Os santos ensinam, com unanimidade, que o caminho da santidade é “fazer a vontade de Deus”. Isso nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade, que, acima de tudo, queria fazer a vontade de Deus em todo tempo. No entanto, a vontade divina nem sempre coincide com a nossa. E aí está o primeiro passo para amar a Jesus: abdicar do que nós queremos, para fazer o que Ele quer.
    O profeta Isaías disse:  “Meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor, mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos” (Is 55, 8-9).
    A lógica de Deus é diferente da nossa porque Ele vê todas as coisas, perfeitamente, enquanto a nossa visão é míope e limitada. É como se olhássemos a vida como um belo tapete persa, só que pelo lado avesso.
    Não podemos duvidar de que a vontade de Deus Pai para nós “seja a melhor possível”, mesmo que seja incompreensível no momento. O que mais agrada ao Altíssimo é trocarmos, consciente e livremente, a nossa vontade pela d’Ele, porque isso é prova de muita fé. Quando damos esse passo, o Senhor substitui a nossa miséria pelo poder d’Ele. Portanto, é preciso, a cada dia, a cada passo, em cada acontecimento da vida, fazer esse exercício contínuo de aceitar a vontade do Senhor, que sabe o que faz.
    Santo Afonso de Ligório (†1787), doutor da Igreja, resumia tudo dizendo: “Fazer o que Deus quer, e querer o que Deus faz”.
    Não seremos felizes de verdade nem teremos paz duradoura, sustentada, enquanto não nos rendermos à santa e perfeita vontade do Todo-poderoso.
    O santo vive na paz e na perene alegria, embora caminhando sobre brasas muitas vezes. São João Bosco afirmava que “um santo triste é um triste santo”, e o seu discípulo São Domingos Sávio dizia que a santidade consiste em “cumprir bem o próprio dever e ser alegre”.
    Jesus ensina o que é essencial: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça” (Mt 6,33), isto é, fazer a vontade de Deus.
    Também conosco será assim; é nos momentos mais difíceis da vida, nas crises de toda espécie, que temos a oportunidade de fazer a vontade do Pai da melhor maneira.
    Felipe Aquino
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